Ao fim de quase 2 anos pandemia, os gestores ocuparam parte do seu tempo a adaptar os seus negócios às restrições do COVID-19. Para além disso, avaliaram como é que este novo cenário afetou a cultura organizacional, os locais de trabalho e seus colaboradores. Ainda com este contexto de incertezas e desafios colocado pela pós-pandemia emergem algumas tendências e tecnologias para 2022.
Uma delas tendências está associada à falta de talentos disponíveis e ao efeito disso na visão diferente que os gestores passam a ter do mercado de trabalho. As razões mais apontadas para esta mudança são a transformação para a automação e para a digitalização; a transição verde; baixa qualidade nas condições de trabalho, incentivo a formação superior e a incompatibilidade entre as necessidades de educação e local de trabalho. O fecho de fronteiras, que se impôs para delimitar os efeitos da pandemia, também dificultou a mobilidade de talentos. Também se verificou, com a pandemia, um aumento nas reformas antecipadas e do conjunto de pessoas que simplesmente abandonaram o mercado de trabalho. A pandemia influenciou também diretamente a saúde e a a capacidade ou vontade das pessoas de voltar ao local de trabalho, impulsionando, mais uma tendência futura, o trabalho híbrido casa/escritório.
A transição verde é apontada como uma outra tendência para 2022, uma vez que as economias de todo o mundo vêm-se impactadas pela necessidade de mudança para um futuro mais sustentável. Com isso, um novo conjunto de competências verdes serão necessárias para que a transição aconteça de forma justa e inclusiva para todas as pessoas. Assim, a adoção de uma abordagem centrada no ser humano com foco na mitigação e adaptação às mudanças climáticas, e uma priorização dos investimentos nas pessoas será a chave para o futuro desta transição.
Finalmente, mas não a última, tendência é a mudança na relação entre as empresas e seus colaboradores, a chamada “Grande Reavaliação” (“The Great Re-Evaluation”, em inglês). Neste processo, os trabalhadores estão a repensar o que é importante nas suas vidas profissionais, o que, em alguns países, está a conduzir a abandono dos empregos e consequente escassez de talentos.
O foco das empresas para 2022 deve estar no sentido da equidade, da igualdade e da inclusão. Reconhecer que os indivíduos possuem condições e características diferentes e que, por isso, devem ser alocados a oportunidades específicas e diferenciadas além do reconhecimento de que devem ter acesso aos mesmos recursos ou oportunidades. Além disso, a transparência e a responsabilidade serão essenciais tanto para os líderes como para as empresas em 2022. Ter empatia corporativa, permitirá aos gestores compreenderem a sua força de trabalho, as suas reais necessidades e assim ter o sucesso desejado.
Adecco Group, (2022). “6 world of work trends set to shape 2022” World Economic Forum
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