COVID – 19 e a Inteligência Artificial

A presença da Inteligência Artificial (IA) no nosso quotidiano tem transformado a economia e a sociedade. O crescimento exponencial no uso da IA tem sido impulsionado pelo crescimento da capacidade de computação, pela redução dos custos de armazenamento de dados e pelo aumento do potencial de medir atividades através de dados. 

Durante a pandemia em 2020, segundo relatório da Appen's State of AI de 2020, 41% das empresas aceleraram suas estratégias em IA como forma de investir em automação para agilizar o trabalho remoto, aprimorar a experiência do usuário e do cliente e diminuir custos. Além disso, 75% das organizações inqueridas citaram a IA como fator crítico para o seu sucesso em 2020. 

Com a necessidade de agir rapidamente, foi criada uma oportunidade para o desenvolvimento de técnicas baseadas em IA de forma aumentar a capacidade de tomada de decisões. Assim, com a pandemia, estas ferramentas foram aplicadas em áreas como a educação, turismo e o varejo, em que a IA auxiliou na logística de entrega de refeições sem contato físico, nos sistemas de reserva para agendamento em sua loja de varejo local e no desenvolvimento de lojas mais autônomas, em que foi necessário o uso modelos computadorizados para mapeamento de lojas e rastreio de estoque. 

No setor da saúde, a IA tem sido de grande ajuda em triagens, rastreios e prognósticos mais precisos e rápidos de pacientes, como também no monitoramento de infetados. Além disso, a IA possibilitou o desenvolvimento de medicamentos e vacinas, e reduziu a carga de trabalho dos profissionais de saúde. Os chatbots, que são programas de computador que buscam simular um ser humano na conversação com pessoas, foram utilizados para fins de diagnóstico e como forma de aceder a serviços de saúde online gratuitos. 

Assim, o uso de inteligência artificial já é uma realidade em muitos setores e irá moldar o futuro próximo, com um impacto cada vez mais significativo nas empresas e na sociedade nomeadamente com o cenário pós - Covid. De acordo com relatório da Accenture e da Frontier Economics é previsto um aumento de até 40 por cento até 2035 devido à influência da inteligência artificial na produtividade do trabalho nos países desenvolvidos. Em contrapartida haverá uma necessidade ainda maior de trabalhadores qualificados no mercado de trabalho. 

Nesse sentido, o Observatório do emprego tem trabalhado na identificação das necessidades de qualificação junto ao tecido empresarial local como forma de atrair e reter profissionais qualificados em Aveiro. Nos exercícios de priorização e auscultação realizados nos workshops de 2019 e 2020 com TICE e Indústria, e em entrevistas e questionários, a profissão de Especialista em Inteligência Artificial foi considerada pelos participantes como uma das mais prioritárias para o setor e cujas competências 

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Fonte: Adaptado de McKinsey, The State of AI in 2020