Como será o futuro do trabalho?

Segundo um relatório recente do Fórum Económico Mundial, até 2022, 54% dos profissionais precisarão de requalificação para melhorar ou desenvolver novas competências. Embora seja comum o mercado de trabalho passar por transformações com o tempo, as novas tecnologias e o desenvolvimento da ciência farão com que essas mudanças aconteçam de forma mais rápida nos próximos anos. E isso já é uma realidade.

Para entender como essas mudanças estão a ocorrer em Aveiro, o Observatório do Emprego (OE) iniciou em 2019 um conjunto de atividades com o principal intuito de perceber quais são as necessidades de competências e gaps de qualificação na região. Workshops com o setor das TICE (Tecnologias da Informação, Comunicação e Eletrónica) que abrangeram desde grandes empresas a startups, procuraram entender quais as tendências e as carências para esta área de negócio. Além disso, os profissionais que participaram nos workshops partilharam também ideias sobre os perfis profissionais com mais procura nas suas empresas.

O setor do Turismo e serviços também foi abordado. Através de workshops e entrevistas um diagnóstico sobre as tendências do Turismo foi proposto como meio de distinguir o seu potencial. Este trabalho permitiu o contacto com empresas em diferentes fases transformação digital, que partilharam as suas principais necessidades de talento neste contexto.


2.1.pngQuais as “Profissões do futuro” foi outro tema debatido pelo OE em 2019. A equipa de investigadores da Universidade de Aveiro envolvida no trabalho do Observatório, esteve presente no TECHDAYS, divulgando alguns resultados preliminares sobre o futuro do trabalho e das profissões. Durante o evento, foi também conduzido um questionário junto dos visitantes, abordando temas como “Qual a sua profissão do futuro?” que permitiu recolher perceções sore a atratividade de várias novas profissões junto de mais de 200 participantes.

As atividades realizadas pelo OE, permitem já aferir algumas conclusões, nomeadamente que é um mito que a transformação digital afete apenas profissionais tradicionais, uma vez que a mudança é global. Além disso, engana-se quem acredita que as tendências para o futuro estão limitadas às áreas técnicas. Os resultados preliminares mostram que mais do que competências técnicas ou ferramentas, o futuro das contratações leva em linha de conta competências comportamentais transversais. Não basta ser especialista, é preciso saber resolver problemas. Os resultados dos estudos que estão em curso serão divulgados no primeiro semestre de 2020.