Os avanços da tecnologia têm ampliado as expectativas dos consumidores no que se refere ao turismo, nomeadamente após o COVID-19, o que torna difícil prever o futuro do setor. No relatório do Global Wellness Institute (GWI), de dezembro de 202,1 é apresentada uma visão da chamada economia global de bem-estar. Mesmo com uma redução de 39,5%, no período de 2019 a 2020, no mercado global de turismo de bem-estar, e ainda que o turismo como um todo tenha sofrido uma perda de 43% no total, o setor do bem-estar está em recuperação mais acelerada. A GWI também prevê uma taxa média de crescimento anual para o setor de turismo de bem-estar de 20,9% entre 2020 e 2025. Segunda a American Express de 2021, 76% dos entrevistados concordam que querem gastar mais em viagens para melhorar o seu bem-estar, enquanto 55% disseram que estariam dispostos a pagar mais por atividades de bem-estar em férias futuras.
Entretanto, algumas macrotendências apontam para uma grande mudança no setor, com foco na atenção sobre os consumidores finais e nas organizações. Uma delas é que os consumidores finais possuem mais alternativas e controlo, uma vez que mais inovações tecnológicas possibilitam uma melhor experiência. Também facilitou o caracter imediato das escolhas, permitindo que as atividades de viagem sejam selecionadas 48 horas antes dos eventos. Assim, os consumidores desejam mais, num tempo menor e com menor esforço.
Mesmo com diferenças de padrões, a conectividade é uma tendência que continua a crescer entre fornecedores, revendedores e consumidores e que o turismo deve seriamente considerar. É uma tendência que dá mais poder aos consumidores das suas escolhas, uma vez que torna mais simples encontrar e agendar as viagens e eventos.
A personalização da experiência continuará a ser uma tendência no setor. Com mais dados disponíveis, mais empresas podem adaptar a sua oferta para responder às preferências pessoais dos consumidores. Em termos de pré-venda, as empresas poderão segmentar os clientes de forma a apresentar ofertas mais atraentes e conduzi-los a viagens personalizadas.
Mais uma tendência apontada é a integração dos canais online nos canais offline. Com os avanços de tecnologias, como a da realidade aumentada e da realidade virtual, haverá uma redução nos preços destes dispositivos o que permitirá uma expansão na sua utilização pelo setor, criando uma nova forma de experimentar destinos, viagens e atividades. Para a pré-venda, as experiências iniciais serão mais imersivas. Uma troca maior de experiências e de avaliações permitirá criar guias turísticos virtuais mais precisos e mais úteis, com dicas onde quer que esteja através do dispositivo móvel. Para consumidores e fornecedores, uma maior quantidade de melhores dados possibilita melhores experiências. Com isso, as organizações que melhor se prepararem para fornecer experiências on-line e off-line mais completas mais podem ter sucesso no futuro.
Kirkman, A. (2021) “New Year 2022 Travel Trends: The Rebound Of Wellness Tourism” Forbes White, O., Forbes Business Council (2021) “The Travel And Tourism Industry By 2030”
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