Você sabia?

Mesmo com as incertezas surgidas com o contexto pandémico, tanto no mercado de trabalho como na economia, a aceleração da transformação digital, a digitalização e introdução de novas tecnologias possibilita uma evolução positiva nas economias. Esse é o caso da chamada "Gig Economy". Esta é definida pelo uso de plataformas digitais para conectar freelancers e clientes para fornecer serviços de curto prazo ou entrega de produtos, como aplicações (apps) de entrega.

Apesar de seu crescimento e dos benefícios económicos na produtividade e no emprego, o desafio das empresas está no equilíbrio entre inovação e as vantagens para os profissionais, com a variabilidade no horário de trabalho e um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional dos colaboradores.

Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a taxa de emprego nas plataformas da gig economy ainda é reduzida, variando entre 1% e 3% do emprego apenas. Contudo, nota-se uma evolução crescente conforme a gig economy ganha importância crescente. O Relatório da Mastercard de 2019, mostra que, até 2023, as transações globais em gig economy deverão crescer 17% ao ano, para cerca de 455 mil milhões de euros.

A gig economy também é uma oportunidade para estudantes que queiram um rendimento adicional enquanto estudam, e para profissionais que queiram ter um horário mais flexivel e adaptável a outras restrições.  Segundo a OCDE, a maioria dos profissionais que fazem parte do gig economy declaram-se satisfeitos, o que parece refletir escolhas voluntárias e não a falta de outras opções. 

Num relatório da Consultora McKinsey de 2016, os colaboradores podem ser classificados em (i) agentes livres - escolhem o trabalho independente, de onde retiram o seu rendimento primário; (ii) trabalhadores ocasionais - utilizam o trabalho independente por opção para uma renda extra; (iii) resignados - vivem principalmente do trabalho independente, mas que prefeririam empregos tradicionais; (iv) aqueles em que o trabalho independente suplementar ocorre por necessidade.  Neste contexto, tanto para os profissionais freelancers coo para os ditos tradicionais fica o desafio de se poderem tornar mais proactivos na gestão das suas carreiras e horários com o contributo das novas tecnologias. Relativamente às empresas o desafio é a adaptação à crescente flexibilização e à captação e retenção de talento, face às novas (mas já conhecidas) formas de trabalho.

 

https://www.randstad.pt/tendencias-360/mundo-do-trabalho/o-que-e-a-gig-economy/