Saiba que

Em conjunto com outras tecnologias emergentes da 4ª Revolução Industrial, a internet das coisas (IoT) foi uma das tecnologias mais apontadas que viu a sua utilização aumentar com a pandemia COVID-19. De sensores a termostatos e termômetros, são diversos os objetos físicos 'inteligentes' em rede em todo o mundo, a recolher a partilhar dados pela Internet, o que resulta num maior nível de inteligência digital e de autonomia, que estão a transformar a maneira como vivemos e trabalhamos. Os dispositivos são conectados em três domínios principais: IoT do consumidor (por exemplo: wearables); IoT empresarial (fábricas inteligentes e agricultura de precisão); e IoT de espaços públicos (gerenciamento de resíduos). Estima-se que todos os dias, estes dispositivos gerem 1 milhar de milhão de GB de dados.

Segundo dados do relatório do Fórum Económico Mundial ‘State of the Connected World, até 2025, estima-se que 42 mil milhões de dispositivos irão recolher dados sobre como vivemos, trabalhamos, nos movimentamos nas nossas cidades e operamos máquinas das quais dependemos. No artigo ‘What is the Internet of Things?’ do mesmo organismo internacional, com base numa análise de 2018 recolhendo informação sobre mais de 640 aplicações que utilizam IoT, mostrou que 84% destas permitem ou podem vir a permitir cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

A internet das coisas pode ser ainda potenciada por três tecnologias chave: IA, rede 5G e Big Data. Associado à inteligência artificial, a IoT poderá influenciar quatro segmentos: wearables, casas inteligentes, cidades inteligentes e indústrias inteligentes. No artigo do Fórum Económico Mundial ‘4 key areas where AI and IoT are being combined’, é estimado que, até 2023, o mercado global de dispositivos wearable ultrapasse os 72 mil milhões de euros. Já o valor de mercado para as “casas inteligentes”, entre 2020-2025, estima-se que chegue a 205 mil milhões de euros. O artigo ainda aponta para, até 2022, mais de 80% dos projetos corporativos de IoT incluírem a IA.

De acordo com relatório da McKinsey ‘Growing opportunities in the Internet of Things’, aproximadamente 25% das empresas utilizava tecnologias da Internet das Coisas em 2019, enquanto em 2014 era apenas de 13%. Na União Europeia, estima-se que um quinto das empresas com mais de dez trabalhadores aplica tecnologias da Internet das Coisas nos dias de hoje. Entretanto, de acordo com dados do Eurostat, em Portugal a utilização de IoT encontra-se abaixo da média europeia, com apenas 13%, ou seja, apenas uma em cada oito empresas portuguesas utiliza a tecnologia da Internet das Coisas. 

 

Fonte: https://ec.europa.eu/eurostat/web/products-eurostat-news/-/ddn-20210312-1?redirect=%2Feurostat%2F