Mulheres especialistas em tecnologia da informação e comunicação (TIC)

A pandemia criou na área de programação computacional e de serviços associados aproximadamente 800.000 novas vagas na União Europeia, Estados Unidos, Reino Unido, Japão e Austrália de acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OECD). Outras oportunidades em áreas tecnológicas como tecnologia da informação e telecomunicações também registraram aumento. Tradicionalmente este tipo de profissões é ocupada predominantemente por profissionais do género masculino. Ainda de acordo com a OECD, a pandemia contribuiu para o aumento da disparidade entre homens e mulheres na área de tecnologia, tanto em relação às vagas ocupadas quanto ao salário. 

Segundo a Commission’s 2020 Women in Digital (WiD) as mulheres possuem menos competências digitais para atuarem na área, somente 18% de especialistas em tecnologia da informação e comunicação (TIC) são mulheres na União Europeia. Fato que pode explicar o aumento da disparidade trazida com a pandemia. Muito embora, a lacuna de capacidades digitais básicas tenha diminuído. 

A Universidade de Aveiro lidera a condução do projeto internacional O’Bias - Overcoming Gender Bias in Career Opportunities que  tem como objetivo contribuir para um acesso mais equilibrado, de ambos os géneros, ao amplo especto de oportunidades profissionais. Entre os resultados esperados do projeto incluem-se um Guia para a Mitigação de Desigualdades de Género no Acesso ao Mercado de Trabalho, ferramentas online para a disseminação de informação e autoavaliação em matéria de igualdade em contexto profissional, e ainda materiais de apoio ao desenvolvimento de competências para empregadores stakeholders envolvidos em processos de seleção e recrutamento.

Os gráficos a seguir mostram o domínio masculino nas vagas de programação de computadores e o número total de mulheres especialistas em TIC empregadas em Portugal e na União Europeia.