Com o aumento do uso da tecnologia na sociedade, a cibersegurança torna-se cada vez mais necessária. A transformação digital depende da conectividade, da inteligência artificial, da computação quântica e de abordagens de próxima geração que possuem o potencial de gerar novos riscos para o ecossistema global, colocando desafios para a segurança. Empresas e governos que são assim chamados a desenvolver medidas que permitam garantir a integridade e a confiança nas tecnologias emergentes. A COVID-19 ao acelerar a adoção de certas tecnologias, também expôs as vulnerabilidades cibernéticas e as desigualdades tecnológicas nas sociedades.
A complexidade da digitalização gera desafios e riscos que vão desde “notícias falsas”, que ocorrem em diversos contextos, como por exemplo os cenários eleitorais, bem como ataques cibernéticos a infraestruturas críticas e ataques a sistemas de saúde. Nesse contexto, o FBI dos Estados Unidos informou que as reclamações sobre segurança cibernética mais do que triplicaram durante a pandemia no ano de 2020. Ataques à cadeia de abastecimento de software estão crescendo exponencialmente, nomeadamente, através de tecnologias que oferecem mais vulnerabilidades para serem exploradas, como a Internet das Coisas (IoT) e o 5G.
A cibersegurança surgiu, em menos de uma década, como um dos desafios mais significativos para a economia global, tanto que a nível mundial, é estimado que os investimentos nesse setor tenham atingido mais de 119 mil milhões € por ano e que tenha ultrapassado os 823 mil milhões € entre 2017 e 2021. Até 2030, é esperado que os gastos globais coletivos com cibersegurança superem os 356 mil milhões €.
Estudos apontam como os maiores desafios para a cybersegurança: políticas e normas complexas e fragmentadas, novas abordagens para mitigar incidentes, dificuldade de localizar cyber criminosos, e a responsabilidade ambíguo. O sub-investimento também é considerado um desafio, pois a segurança, em geral, não considerada como parte integral das tecnologias introduzidas e assim, nem sempre são feitos os investimentos necessários para a implementação das tecnologias emergentes com segurança.
A falta de experiência e o défice de profissionais no setor é outro problema reportado. Estima-se que a nível mundial, empresas e instituições enfrentem uma escassez de profissionais na cibersegurança de mais de 3 milhões, número quase similar ao total de pessoas que trabalham no setor, cerca de 3,5 milhões. Entretanto, o desafio aqui é duplo: atrair mais profissionais para retreinar em cibersegurança e garantir que os currículos permitam que os alunos e estagiários acompanhem as ameaças em constante mudança.
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