Depois da pandemia...

Após quase dois anos de pandemia, estamos num momento de reflexão sobre as novas formas de trabalho e as tecnologias adotadas, que se consolidaram e se tornaram agora habituais e mais acessíveis.

Observa-se um crescimento na criação de novas start-ups que obtém vantagens competitivas por serem híbrida ou remotas desde seu início. Entretanto, este novo contexto exige um novo conjunto de ferramentas para gerir esta complexidade. Numa investigação conduzida pela January Ventures em 2021, a 450 fundadores de start-ups nos Estados Unidos e na União Europeia, foi identificado que 91% das start-ups em estágio inicial, com equipas parcialmente ou totalmente distribuídas (com colaboradores a trabalhar remotamente). Um outro desafio do trabalho híbrido-remoto está associado ao número significativo de profissionais que abandonaram os seus empregos em 2021, numa perspetiva conciliada com a visão do mercado de trabalho trazida pela geração Z.

Nesse contexto, os empregadores estão a repensar nas formas de atrair, comprometer e reter talentos. Os empregadores apontaram como tendências para 2022 a continuação da automação de software como forma de potencializar o desenvolvimento dos processos, como as compras e a logística, uma vez que as tecnologias são mais amplamente aceites e são voltadas para um conjunto maior de trabalhadores e empregadores.

Outra tendência é a necessidade das novas tecnologias para viabilizar a combinação híbrida de trabalho no escritório e remoto, de forma a criar um sentimento de pertença e cultura da empresa que motive e retenha colaboradores.

O uso de camadas de infraestrutura de dados de recursos humanos, dinâmicas e em tempo real serão a tendência para transformar e desenvolver a força de trabalho através da integração de dados. A maioria das plataformas de empregos precisa deste tipo de infraestrutura, para avaliar os dados atuais de mão de obra e de força de trabalho, para além de ajudar a prever, em curto prazo, as necessidades do mercado de trabalho

No que se refere aos colaboradores, as tendências são as de remodelação dos talentos à medida que há uma maior flexibilização do modelo de local de trabalho. Além disso, o bem-estar dos colaboradores está no foco das empresas e não apenas a procura da melhoria da produtividade, no sentido de construir uma cultura corporativa forte e criar um sentimento de pertença. Prevê-se que os benefícios de saúde mental e off-sites regulares da empresa serão a chave para a retenção e a produtividade.

Por fim, a última tendência a salientar é o desenvolvimento acelerado dos softwares relacionados com o trabalho, como forma de tentar facilitar a conexão humana, a acrescer à eficiência. 

https://www.forbes.com/sites/marenbannon/2021/12/08/7-future-of-work-predictions-for-2022/?sh=5b98cd435d5a